Hoje há palhaços
Posted by Manuela DLRamos em Fevereiro 28, 2014
Hoje (amanhã, depois de amanhã e sempre que nos apetecer rir) é dia de ler este livro e a sua “continuação” da autoria de António Torrado e Maria Alberta Menéres, dois dos nossos escritores favoritos.
Aqui fica um pequeno excerto para abrir o apetite, umas das falas mais apreciadas pelos alunos, a parte final de “A Escola a Rir”:
«(…) Anacleto: (ofendido) Palhaço? Se não me engano, tu chamaste-me palhaço?
Emilinho: Foi ao retrato daquele da borboleta…
Anacleto: Vai dar ao mesmo. Ora se há coisa que me faz frenicoques na raiz dos cabelos e nas asas da borboleta é que me chamem palhaço. Eu não sou nada palhaço. Eu não gosto que me chamem palhaço. Palhaço és tu! Tu é que és um palhaço, palhacete, palhação!
Emilinho: (levantando-se da carteira e fugindo a rir-se) Palhaço.
Anacleto: Cabeça de melão, cara de borrão, nariz de latão, miolos de sabão… (fica sozinho e acaba por sentar-se na carteira da frente) Afinal que ganho eu em ficar nesta carteira sem o Emilinho para arreliar? Vou ter com ele. (Sai, gritando) Espera por mim palhaço, palhacete, cabeça de alfinete, miolos de sorvete, de sabão ou sabonete… Espera por mim! »
A história deste livro vem resumida no primeiro parágrafo da sinopse da editora: «Hoje há Palhaços reúne em livro alguns dos sketches televisivos que António Torrado e Maria Alberta Menéres (1) escreveram há já vários anos para o programa homónimo da RTP, que diariamente levava a casa de milhares de crianças portuguesas as aventuras e desventuras do Anacleto e do Emilinho, interpretados, respectivamente, pelos actores Carlos Cabral e Rogério Vieira. (…)» continuar a ler
(1)- Maria Alberta Menéres, em 1975, tinha assumido o cargo de chefe do departamento de programas infantis e juvenis da RTP. (fonte)
Atualmente, os textos estão divididos por dois livros ilustrados por Nikola Raspopovic Hoje há palhaços e Hoje também há palhaços (ver). A versão original de 1976 – dedicada aos atores “a quem Anacleto e Emilinho devem rosto e corpo” -reunia 11 textos, numa publicação da Plátano Editora, e era o nº 2 da coleção “a rã que ri”. O livro, ilustrada por Melo Frazão (1942-1995), encontra-se ainda nos acervos das Bibliotecas mais antigas do 1º ciclo, e nós também o temos. Em baixo reproduzem-se a capa, a folha de rosto e o índice. (ver mais aqui)
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