E já agora, por curiosidade, aqui fica um excerto do texto, da autoria de Aristóteles, onde surgiu a tão citada frase “…uma só andorinha não faz a Primavera…”
«(…) Mas o bem, a perfeição para cada coisa, varia segundo a virtude especial dessa coisa. Por conseguinte, o bem próprio do homem é a actividade da alma dirigida pela virtude; e, como há muitas virtudes, será a actividade dirigida pela mais alta e a mais perfeita de todas. Acrescente-se também que estas condições devem ser realizadas durante uma vida inteira e completa, porque uma só andorinha não faz a Primavera, nem um só dia formoso; e não pode tão-pouco dizer-se que um só dia de felicidade, nem mesmo uma temporada, bastam para fazer um homem ditoso e afortunado.» Aristóteles, “Felicidade e Virtude” in Ética a Nicómaco (fonte: o citador )
«A Menina do Capuchinho Vermelho estava farta de viver num tempo antigo, num livro antigo. Apanhou um dia o João, muito entretido a ler a sua história, e disse-lhe: – Ajuda-me a saltar para o século XXI. – Boa ideia! – exclamou o rapaz. Vem daí. A garota pousou os pés no chão da sala, olhando à sua volta, espantada. – Repara, está um elefante junto da tua janela. Ele riu-se. – Impossível! Eu moro no décimo andar. Aqui só chegam os pássaros. A menina apontou para a televisão. Mexendo no comando, o amigo mudou de canal e logo apareceu, por trás do vidro, o fundo do mar. – Afinal tens uma caixa mágica – concluiu ela, preparando-se para ficar toda a tarde a ver filmes. Mas o João tinha combinado ir visitar a avozinha. – Veste o anorak azul – recomendou a mãe. — E leva uns bolinhos à avó Maria. (…) »
CURIOSIDADE: Sabiam que este conto surgiu a partir de uma conversa pela internet (sessão de chat) promovida pela Associação de Professores de Português (APP) entre a escritora Luísa Ducla Soares e alguns alunos? Quem diria ?!
Nessa sessão a escritora «propôs um início de história que incluía personagens já conhecidas dos alunos. No fim, enviou a todos, por correio electrónico, a história que tinha escrito» Fonte APP # na tua escola (2004).
Em 2006, a história ganhou novo fôlego com as coloridas ilustrações de Helena Simas e, em 2007, a editora Civilização publicou o livro que hoje apresentamos e que podes ler e requisitar na nossa Biblioteca.
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Saltando agora para o mundo real e para ficar a saber mais sobre os lobos de agora, visita
Apresentação do livro+cd com oito canções originais da autoria dos alunos do 5º D (2010-2011) e do professor de Educação Musical e Área de Projeto, Isaías Ramos.
Depois de estudarem a vida nos charcos, os alunos recriaram essa biodiversidade com desenhos, poemas e músicas. Da compilação e arranjo dos trabalhos realizados sob a orientação da professora de EVT e Área de Projeto Inês Vilar, surgiu um livro com toda a informação científica e artística a que chamaram O povo charquês, destinado à Biblioteca da Escola.
Desse primeiro livro foi extraído um segundo, contendo apenas a componente artística intitulado Peixe de Papel que agora aqui se apresenta.
Florestas: “bosques” em espanhol. Assim foi intitulada a unidade 10 “Seasonal Forests” da série “Planet Earth” (ver na wikipedia) produzida em 2006 para TV (ver trailer). Este episódio, com locução em espanhol, retrata uma floresta caducifólia da Inglaterra, na Primavera. Não percam! O espectáculo dos patinhos a sairem do seu ninho, que a mãe pata construíu no tronco alto de uma árvore é inesquecível!
Já andamos para escrever sobre este importante acontecimento há uns largos dias, mas a lufa-lufa tem sido tanta! Agora não dá para adiar mais!
É que elas, a qualquer momento podem aparecer por cá (no ano passado chegaram no início de março) e por isso convem estarmos preparados para as reconhecermos e participarmos (d)a sua chegada.
De quem estamosa falar? Das andorinhas, claro. E mais especificamente das andorinhas-das-chaminés, de seu nome científico Hirundo rustica.
Fazem parte do número das 5 aves (Andorinha-das-chaminés, Andorinhão-preto, Cuco-canoro , Cegonha-branca, e Abelharuco) que, na Europa, anunciam a Primavera. Outras há que voltam também com o bom tempo, mas os especialistas escolheram estas para monitorizar, com a ajuda das crianças, o avanço da migração das aves e da Primavera.
Vindas de longe, muito longe, viajam incansavelmente e voltam todos os anos. Apesar da chuva e vento das passadas semanas, elas começaram a chegar a Portugal, tendo já sido observadas nos distritos de Aveiro, Beja, Évora, Leiria, Lisboa e Setúbal! Como é que sei? Porque estou a seguir a sua chegada através do mapa do site do projecto SPRING ALIVE !
« O Spring Alive é um projecto de observação de aves, em que todos podem participar. Com a ajuda de crianças e adultos da Europa conseguimos acompanhar a chegada da Primavera aos diversos países. A participação neste projecto é muito simples: tens apenas que registar, em cada ano, as tuas primeiras observações de 5 espécies de aves, que escolhemos como os mensageiros da Primavera. É divertido, vais ver! Estamos interessados nas tuas primeiras observações de Andorinha-das-chaminés, Cuco-canoro, Andorinhão-preto, Cegonha-branca e Abelharuco, em cada região de Portugal. Depois, nós analisamos os resultados para acompanhar a chegada destas aves aos vários países europeus, e ficaremos a saber mais sobre a migração das aves na Europa, bem como a data em que mais pessoas viram a sua primeira ave. (…) » Visita o site para ficares a saber mais sobre as 5 aves e para participares. Também lá encontras jogos na página Para usares .
Para conhecer melhor as Andorinhas-das-chaminés (Hirundo rustica >), os Andorinhões-pretos (Apus apus >), os Cucos-canoros (Cuculus canoro>) , as Cegonhas-brancas (Ciconia ciconia >) e os Abelharuco (Merops apiaster >) clica nas ligações que encontras a seguir ao seu nome científico. (Não te esqueças que deves usar sempre os nomes científicos dos animais e das plantas para pesquisar informação, imagens e vídeos).
Divertido quanto baste, este livro digital – indicado na Biblioteca de Livros Digitais para a faixa etária dos 3 aos 6 anos– da autoria de Inês Pupo > , ilustrado por Nuno Feijão > e com uma sonoplastia notável, tem um sucesso garantido entre a pequenada (e não só).
Ler assim é decidamente +giro!
Este livro conta-nos a história de um gato com muito mau feitio que sofreu uma transformação espantosa, uma grande reviravolta … Qual a razão para tal mudança? Clicar aqui para ouvir e ler a história
«O Gato Gonçalves, felino famoso Foi protagonista de um caso espantoso!…
Ele corria nos telhados, Mesmo de olhos fechados.
Nunca passava cartão Nem a Gato nem a cão.
Quando ficava zangado Era vê-lo assanhado!…
As unhas bem afiadas, Estavam sempre preparadas.
Os ratos, muito assustados, Fugiam apavorados!…
Os outros gatos passavam, Nem sequer para ele olhavam.
Vinha só, pela calada, Na noite escura e gelada.
Todos lhe tinham horror… Era um gato assustador!
Mas um dia… Quem diria?! -Gato Gonçalves? Surpresa! Vem provar a sobremesa!
Quem se atrevia a chamá-lo? Quem estaria a convidá-lo?
Golfinho criado com o Tagxedo , aplicação que transforma todo o tipo de textos -neste caso as palavras que aparecem na face visível do blogue da BE- em nuvens de etiquetas (“tagclouds”).
Uma verdadeira “cool tool for school” . Espreitem a galeria e experimentem também fazer a vossa nuvem.
A nossa saiu em forma de golfinho por causa do dia…
«Meu São Francisco de Assis
Protector dos animais
Olhai por nós que rogamos
Vossa bênção e muita paz.
Olhai os abandonados
Sofrendo agruras nas ruas
E os que puxam carroças
Açoitados nas ancas nuas.
Pelos pobres passarinhos
Que não podem mais voar
Presos em rudes gaiolas
Só porque sabem cantar.
E as cobaias de laboratório
Que sofrem dores atrozes
Em experiências terríveis
Que lhes impõem seus algozes.
Pelos que são abatidos
Em matadouros insanos
Para servir de alimento
Aos que se dizem humanos
Olhai os que são perseguidos
Sem piedade nas florestas
Só por causa da ambição
Dessas caçadas funestas.
Pelos animais de circo
Que não têm mais liberdade
Presos em jaulas minúsculas
À mercê de crueldade.
Olhai os bois de rodeio
E os sangrados nas touradas
Barbárie e crimes impostos
Por pessoas desalmadas.
Pelos que têm de lutar
Até a morte nas rinhas
Quando o homem faz apostas
Em transações tão mesquinhas.
Olhai para os que são mortos
Nos macabros rituais
Em altares religiosos
Que usam sangue de animais.
Meu bondoso protetor
Oro a vós por meus irmãos
Para que sua dor e tristeza
Não sejam sofrimentos vãos »
Aliando estas duas celebrações, a Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas promove o passatempo “E se eu fosse um bicho?” cujo objectivo «(…)passa por motivar as crianças para uma pesquisa sobre a variedade dos animais que povoam a terra, incentivando também a criatividade, a imaginação e a escrita.»
Temos a certeza que vai haver muitos participantes! Para eles aqui fica o «Regulamento:
Nota: Se tens entre 8 e 12 anos, podes concorrer. 1 – Procura encontrar, na Biblioteca Municipal do concelho onde resides ou na biblioteca da tua escola, livros que falem de animais ou que tenham um animal como personagem principal. Se quiseres, podes indicar‐nos os livros que leste, para os divulgarmos. 2 – Documenta‐te o melhor possível sobre um animal pelo qual sintas grande simpatia – o seu habitat, o seu comportamento, se está ou não em vias de extinção, etc. 3 ‐ Imagina que és um repórter ou um jornalista famoso e redige um pequeno texto (máximo 2 páginas A4) sobre o animal escolhido. Podes justificar a tua escolha apoiando‐te em razões concretas, mas também subjectivas. 4 – Se preferires, imagina‐te um dos animais (e se eu fosse um bicho???) e escreve um conto, uma banda desenhada ou um poema. 5 ‐ Os textos deverão ser enviados por e‐mail para dsl@dglb.pt ou pelo correio para Direcção‐Geral do Livro e das Bibliotecas, Campo Grande, 83 – 1º, 1700‐‐088 Lisboa, até 2 de Maio. Deve ainda constar o teu nome, morada, telefone, idade e escola. 6 – O Júri, constituído por elementos da DGLB e do Plano Nacional de Leitura, seleccionará os 10 melhores textos até final do mês de Maio. Os vencedores receberão prémios em Livros e um cartaz de Madalena Matoso* sobre o Dia Internacional do Livro Infantil. Os trabalhos seleccionados serão publicados no site da DGLB. (…)»(Transcrito do regulamento do passatempo)
Foram apenas 10, as andorinhas que vi, faz hoje justamente uma semana, numa tarde particularmente fria. Pousadinhas nos fios eléctricos (foto), e em voo rasante sobre o lameiro alagado, pareciam acabadinhas de chegar. Imaginei-as friorentas, como no poema e desejei-lhes as boas-vindas, do fundo do coração. Não anunciam elas a Primavera?
Uma andorinha só não faz primavera? Talvez não faça, mas anuncia-a. Andorinhas, andorinhões, cucos e cegonhas… são estas as aves que o projecto Spring Alive considera como mensageiras da Primavera. Ora leiam e vejam se ficam tão entusiasmados como nós:
«Spring Alive: Vamos dar as boas vindas à Primavera!Participa noSpring Alive. É muito simples!
Como sabes, muitas aves passam o Inverno fora de Portugal e regressam ao nosso país por altura da Primavera. A chegada de Andorinhas, Andorinhões, Cucos e Cegonhas* é um dos primeiros sinais que o Inverno acabou e tudo se prepara para renascer na Primavera. Vamos então estar atentos a estas aves e registar as primeiras observações das mesmas no nosso país.
Quando vires a tua primeira Cegonha- branca, ou Andorinha-das-chaminés ou Cuco-canoro ou Andorinhão-preto tens apenas que nos enviar essa informação.
Sabes que, para além de ti, todas as crianças da Europa estarão também de olhos postos nestas aves? É verdade, este projecto está a decorrer em muitos países e, por isso, vamos conseguir saber as datas de chegada destas aves a esses países e conhecer melhor as suas rotas de migração. É interessante, não é?
Agora, tens apenas que conhecer estas 4 espécies de aves, que são os nossos mensageiros da Primavera, e estar atento! Quando as vires pela primeira vez este ano, já sabes – participa noSpring Alive » ( in SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves )
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Para ficares a saber mais, poderes identificar as nossas mensageiras da Primavera e participares neste projecto aqui ficam estes links:
Na sexta-feira passada a Biblioteca foi deliberadamente transformada num Espacito 4 Patas…
Com efeito, os alunos da turma do 7º C – que na disciplina de Formação Cívica, orientados pela profª Cátia Costa têm reflectido sobre a responsabilidade de se ter um animal de estimação- reuniram-se na BE para apresentar os textos que escreveram sobre o seu amigo/animal e para receber a Srª D. Maria João, a grande responsável pela obra Espacito 4 Patas, iniciativa que surgiu da «vontade de salvar alguns dos muitos animais que são “abandonados” como objectos velhos e usados.»
Ainda antes da sessão se iniciar, e enquanto se esperava pela convidada que se deslocou propositadamente de Vila Nova de Gaia a convite da turma e da profª Cátia Costa, tivemos o imenso prazer de conhecer a Sininho (na foto),uma cadelinha amorosa de cerca de treze anos adoptada pela profª Ana Paula. Esta contou-nos a sua história (abandonada sem dó pelos antigos donos) e explicou que os animais de estimação não podem ser desprezados quando ficam doentes e velhinhos.
Deixamos aqui a seguinte sugestão à turna do 7º C: iniciem um blogue com os vossos textos e fotos e desafiem os vossos colegas das outras turmas a falarem também dos seus animais de estimação. Decerto haveria muita gente a querer participar, inclusive professores e funcionários. Que dizem da ideia? Ficamos à vossa espera e teremos todo o gosto em “dar uma mãozinha”.
Já aqui tínhamos falado da Laika e dos seus amigos e da sessão de leitura que fizeram na Biblioteca. Agora já se pode visualizar o filme de parte dessa sessão (e da sua preparação).
Trata-se, neste caso, de uma das nossas participações no concurso BiblioFilmes: Livros, Bibliotecas, Acção! Em breve haverá mais. Esperamos que gostem. Nós divertimo-nos imenso!