Para ficar a conhecer os livros de contos tradicionais existentes na BE. Nesta exposição podem encontrar-se tanto antologias dos mais conhecidos contos tradicionais portugueses como de histórias de outros países distantes.
(Recordação: vejam aqui e aqui algumas das personagens dos contos de Hans Christian Andersen representadas por alunos da nossa escola no ano do bicentenário desse genial contador de histórias. Na altura, divertimo-nos a valer! :-) )
Sobre o maravilhoso mundo dos contos que acompanh(ar)am a nossa infância e a saudade que fica desse tempo, um poema de Fernando Pessoa escrito em 1916 :
Não sei, ama, onde era…
Não sei, ama, onde era,
Nunca o saberei…
Sei que era Primavera
E o jardim do rei…
(Filha, quem o soubera!…).
Que azul tão azul tinha
Ali o azul do céu!
Se eu não era a rainha,
Porque era tudo meu?
(Filha, quem o adivinha?).
E o jardim tinha flores
De que não me sei lembrar…
Flores de tantas cores…
Penso e fico a chorar…
(Filha, os sonhos são dores…).
Qualquer dia viria
Qualquer coisa a fazer
Toda aquela alegria
Mais alegria nascer
(Filha, o resto é morrer…).
Conta-me contos, ama…
Todos os contos são
Esse dia, e jardim e a dama
Que eu fui nessa solidão…
in Poesias. Fernando Pessoa. . fonte
Num registo completamente diferente, roçando a paródia e sem maldade, estes impagáveis Contos tradicionais cantados por músicos portugueses (in Contos Populares Portugueses em audio –Podcast).
>> Mais apontadores nas páginas “Histórias, fábulas, contos, lengalengas” da escolovar, pelo prof. Vaz Nunes.