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Olimpíadas da Escrita com Afonso Cruz

Posted by MDLR em Fevereiro 16, 2017

Amanhã, dia 17 de fevereiro, vai decorrer no Diana Bar, na Póvoa de Varzim, a fase final das Olimpíadas da Escrita, em que participarão alunos dos 2º, 3º ciclos e Secundário de todas os estabelecimentos de ensino do Concelho da Póvoa de Varzim.  Este evento integra-se no projeto Escola da Minha Vida, no qual  temos vindo a participar desde o seu lançamento.

A presença de um autor convidado que fala com os alunos, dá o mote da escrita e acompanha o decorrer da prova é sem dúvida um dos atrativos desta grande festa da escrita. Lembramo-nos de Ivo Machado, Valter Hugo Mãe, Manuel Jorge Marmelo, António Mota, João Rios, Raquel Patriarca.

Este ano, vamos ter a presença de Afonso Cruz, autor multifacetado, escritor, ilustrador e músico. E não fiquem tristes, aqueles que o não puderem encontrar no Diana Bar, pois Afonso Cruz deslocar-se-á à nossa escola, juntamente com Marta Bernardes, no dia 24 de fevereiro, sexta-feira à tarde, no âmbito das Correntes d’Escritas.

Podem ler alguns livros deste escritor na nossa biblioteca, nomeadamente todos os da coleção Gramofone (nossos favoritos de longa data). E outros, como A Contradição Humana (que também se pode ler on line no Cata Livros) e Os Livros que devoraram o meu paicolecao_gramofone

Temos vindo a reunir alguns recursos sobre Afonso Cruz no scoop.it da Be. E aqui no Blogue também já escrevemos sobre este autor. Explora-os que vale a pena!

Entretanto, e para aguçar o apetite, fica aqui este vídeo de uma entrevista a AC publicado pela Revista Estante.

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Manuel António Pina: “As palavras criam mundos…”

Posted by MDLR em Novembro 18, 2013

Em data de comemoração do nascimento deste escritor, sugerimos a leitura desta interessante entrevista feita por Maria Luísa Perestrelo, Mariana Oliveira, Mariana Pinto e acessível (sob outro nome) no Correio do Porto  (o texto terá sido originalmente publicada no JN em junho de 2011)

«Existe uma grande preocupação com as letras… Por que razão?
Letras e palavras, não é? Por um lado, porque gosto de palavras e de letras, e por outro… Por que gosto de palavras? Desde pequenino sempre tive uma relação muito próxima com as palavras e descobri desde miúdo que as palavras têm um poder fantástico, maravilhoso… As palavras não servem só para dizermos coisas, para descrevermos coisas e os nossos sentimentos… As palavras criam mundos… As palavras não servem só para dizer “o gravador, o papel, a caneta, a Luísa, a Mariana, a Mariana”. Dá-me para eu inventar a Mariana três e a Mariana quatro, pôr o papel a escrever na caneta… Não só servem para dizer, descrever o Mundo, mas também para criar mundos… E descobri isso quando era muito miúdo, mais novo até que vocês. Eu fazia jogos e brinquedos com casca de pinheiros da mesma maneira que com as palavras inventava coisas. Sempre gostei muito das palavras… (…) E depois tive uma sorte enorme – que espero que vocês também tenham -, toda a minha vida, profissionalmente, acabei por trabalhar com palavras. Trabalho aqui há 40 anos, se calhar é a idade dos vossos pais. O meu trabalho é com palavras… Tive essa sorte. Trabalhar com uma coisa de que gostava e é natural que eu goste de fazer jogos de palavras

A fazer jogos de palavras encontram-se coisas fantásticas, há palavras que são amigas umas das outras, que se dão bem umas com as outras e gostam de estar juntas, há palavras que se detestam, outras que funcionam mal, que estão sempre a acotovelar-se… E isso é um Mundo fantástico, um mundo maravilhoso e ao mesmo tempo misterioso… Às vezes – e tenho quase a certeza de que já vos aconteceu -, as nossas palavras dizem coisas que nós não queremos dizer, como se começassem a falar sozinhas… Falam pelos seus próprios meios e isso é também uma aventura permanente. Não podemos dominá-las muito, ficam tristes… Como vocês, se começarem a controlar muito a vossa vida diária, ficam tristes, deprimidas… Com as palavras é igual, é preciso dar-lhes liberdade, mas também não se pode deixá-las a falar sozinhas ou começam a dizer o que não queremos, em vez de falarmos nós.  (…)

Ler-uma-maneira-deOs nossos professores costumam dizer-nos que para sermos escritores temos, primeiro, de ser bons leitores. Concorda?

Concordo… Ler é uma maneira de escrever e de nos escrevermos naquilo que lemos e de nos inscrevermos naquilo que lemos. Por exemplo, se forem ver o mesmo filme ou lerem o mesmo livro, há cenas que vêem de forma diferente, cenas que impressionam mais umas que outras… o que lemos, lemos connosco mesmo, com a nossa cultura, a nossa sensibilidade, a nossa experiência, com a nossa memória… É assim que lemos. As culturas, experiências, sensibilidades e memórias são diferentes de pessoa para pessoa. Tem a ver até com a nossa predisposição do momento…  Quando entrei para aqui (JN) , entrei para a secção de Grande Porto e fiz muitas vezes notícias de crianças atropeladas e de acidentes com crianças… E fazia-as normalmente, como as outras notícias. Mas a partir do momento em que nasceram as minhas filhas, essas notícias começaram a provocar-me uma angústia imensa. E antes não me acontecia aquilo… E ler é a mesma coisa… Quando lemos, estamos a ler-nos a nós mesmo no que lemos e a reescrevermo-nos no que lemos, a reescrever em nós. Ler é também uma forma de escrever. Por outro lado, escrever é também uma forma de ler…Quem escreve, como eu escrevo, estou a ler-me a mim, à minha sensibilidade, à forma como vejo as coisas que me rodeiam, as minhas memórias… Quando estou a escrever estou a ler-me e a ver o Mundo através da cor dos meus olhos. Entre ler e escrever há relações muito íntimas, de grande intimidade. A escrita também é ritmo e tem ritmos diferentes. Quando escrevemos, a escrita também tem um ritmo e intuitivamente aprendemos os ritmos, as palavras e as técnicas de outros… Sem estudar, naturalmente e isso acaba por nos influenciar. Os livros que li foram importantíssimos para a minha escrita, as maiores emoções – desastres, mortes, amores fatais – foi em livros que li que vivi.  (…)» (ler toda a entrevista e ver fotografias aqui)

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Entrevistas a Manuel António Pina

Posted by MDLR em Outubro 20, 2013

Duas entrevistas para relembrar um escritor muito querido por todos nós que faleceu há um ano.

A primeira é para todos, uma das conversas filmadas datada de Julho de 2011, publicada no Cata Livros
ver também no Scoop.it – LIVROS e LEITURAS

2ª parte da conversa  ;  Texto da entrevista aqui

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A segunta entrevista é para os mais crescidos:

Fonte Página Literária do Porto

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“Luísa Dacosta diz que…

Posted by MDLR em Março 5, 2013

a única liberdade total está no sonho.»

«Porque é que quase todos os seus livros começam com a frase «no sonho, a liberdade…»?

Porque eu acho que a única liberdade que há nesta vida é no sonho. De resto, tenho de ir pelos sítios
que a rua manda, tenho de fazer certas coisas, que pagar certas contas do Estado naquela altura; está
tudo programado. A única liberdade total de fazer o que lhe der na cabeça ou de pensar até contra
certas regras, só no sonho. Escolhi essa de propósito.» (ler a entrevista toda aqui– “pescada na fala de estar do Cata Livros“)

Luísa Dacosta diz que… from Cata Livros on Vimeo.

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Muitos parabéns, querida senhora professora Luísa Dacosta!

Posted by MDLR em Fevereiro 16, 2013

Nunca foi nossa professora, porém como gostaríamos que o tivesse sido!
Assim, é este o nosso modo de a saudarmos hoje, dia do seu aniversário, carinhosa e respeitosamente.  Queremos também dizer que nos sentimos muito  felizes pelo privilégio de, em breve, a irmos receber na nossa biblioteca.  Poderemos então finalmente tornarmo-nos por alguns momentos nos alunos que nunca fomos: os seus.
.
A propósito  da data de hoje, e também para todos ficarmos a conhecer melhor Luísa Dacosta, publicamos este documentário videográfico em que são reveladas as suas múltiplas facetas: pedagoga, escritora, cronista, cidadã independente, crítica não comprometida, poetisa apaixonada pela língua…

Uma entrevista imperdível em que a autora, que hoje celebra 86 anos, fala sobre a sua experiência de professora, a importância da literatura no ensino, as suas obras, escritores que a marcaram e muito mais.


Filmagem e edição de Artur Caiano
Canal do youtube da Página Literária do Porto

Ver aqui outra entrevista à escritora

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António Torrado

Posted by MDLR em Janeiro 3, 2012

Para ficar a conhecer melhor um dos autores portugueses mais apreciados por miúdos e graúdos.

EM DESTAQUE
  • História do Dia (sítio onde todos os dias se pode ler e ouvir uma pequena história do autor)
BIOBIBLIOGRAFIAS
ENTREVISTAS

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Na nossa Biblioteca podes ler e requisitar:

E ainda

Na EB1 de Paçô há:

(em construção)

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Dia da Biblioteca Escolar

Posted by MDLR em Outubro 24, 2011

Hoje, 24 de Outubro, celebra-se o Dia da Biblioteca Escolar.

Na Escola, assinala-se esta data com a exposição “A nossa Biblioteca Imaginária”, resultante do trabalho articulado entre a BE, Língua Portuguesa, Estudo Acompanhado e EVT, no 5º ano.

Aqui no Blogue, publicamos na íntegra a entrevista à Drª Teresa Calçada, coordenadora da RBE, transcrita da Revista Visão de 20 de Outubro de 2011 >

Teresa Calçada – “Ninguém nasce leitor”
«Uma revolução silenciosa ocorre hoje nas escolas, graças às bibliotecas escolares e aos professores bibliotecários. Portugal conseguiu pela primeira vez, em 2010, atingir a média dos países da OCDE em literacia de leitura. No Mês Internacional da Biblioteca Escolar, Teresa Calçada, coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) desde 1996, comissária adjunta do Plano Nacional de Leitura (PNL), deita contas às actividades das 2277 escolas integradas na RBE, que servem 1,1 milhões de alunos.

O que é hoje uma Biblioteca Escolar?
É, como sempre foi, um lugar de procura de saber. Mas hoje o que se procura, o que se encontra, o modo como se opera para encontrar, as tecnologias que usamos, não são apenas a tecnologia do livro – temos recursos em suporte papel e em suporte digital. E as bibliotecas escolares são também os professores bibliotecários. São eles os orientadores, quem transmite aos miúdos uma consciência dos méritos e das vantagens acrescidas, mas não escondendo os seus perigos – no sentido da ilusão de que tudo o que está na internet é verdadeiro. A era da web não pode viver só da destreza, tem de viver de competências que não são inatas. Nenhum leitor nasce leitor. E isso é válido tanto para a tecnologia do livro como para o ambiente digital. Os leitores fazem-se com trabalho, com produção, com prática continuada.

Segundo o último estudo do PNL, o interesse dos jovens pela leitura aumentou e 52, 4 % consideram-na agora muito importante. As bibliotecas escolares tiveram um papel nessa mudança de atitude?
Quero crer que sim. O estudo demonstra que há um trabalho de retaguarda da Rede de Bibliotecas Escolares, que há mais miúdos a frequentá-las, uma melhor qualificação e que a oferta se vem adequando aos tempos. Costumo dizer que as bibliotecas escolares são uma espécie de tosco, são a infraestrutura, e o PNL, uma espécie de supraestrutura, que trouxe uma narrativa construída para divulgar a leitura como um bem, valorizá-la socialmente, torná-la uma imagem de marca. Os miúdos habituam-se a que “LeR+” não é uma coisa “cota”, os pais associam “LeR+” a uma marca de qualidade, e isso trouxe, objectivamente, como verifica este estudo, uma valorização da leitura.

O que é ler com competência?
Primeiro, é ganhar o código de leitura. Tal como andar de bicicleta ou nadar, o que exige tempo e persistência. Depois, é necessário ter mecanismos para perceber o que os miúdos, mesmo lendo com destreza, não entendem porque ler é interpretar. Muitos meninos acabam o 4º ano sem essa competência bem cimentada. Estão condenados a serem maus leitores, logo maus alunos, em muitos casos reproduzindo a exclusão que transportavam à entrada da escola. Os estudos do PISA demonstram que em Potugal a escola é inclusiva, e a biblioteca ajuda também nesse trabalho. Tendo em conta que quando entra na escola um menino de uma família mais letrada está logo condenado a ler melhor porque tem o triplo do vocabulário de outra criança de famílias menos letradas, percebe-se a importância do trabalho da escola e da biblioteca.

Em época de crise, o papel das bibliotecas é ainda mais importante?
Acho que sim. Falamos sempre das bibliotecas como locais de inclusão, quer pelos recursos que têm quer pelo facto de quem as governa desempenhar um trabalho que muitas vezes as famílias não fazem porque não sabem ou porque não podem. Quanto mais vivemos no mundo da informação (e hoje a atravessar momentos de menor abundância), mais as bibliotecas, como lugar de abundância, devem ser usadas em rede. Tenho consciência de que, no caso das bibliotecas escolares, o que verdadeiramente faz a diferença é ter lá pessoas que governam as bibliotecas. Se assim não for, são subaproveitadas.»

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