Este ano letivo, a primeira sessão do projeto Ciência Divertida, orientada pelos docentes de Ciências Naturais, Sandra Pinheiro e Fernando Castanho, teve lugar na Biblioteca, na passada sexta-feira.
Dirigida aos alunos do 4º ano da EB1 da Igreja, Beiriz, constou de uma atividade experimental (cromatografia em papel) relacionada com o outono e o facto da folhagem das árvores de folha caduca perderem gradualmente a coloração verde e ficarem amarelas, vermelhas e castanhas. No final os alunos chegaram à conclusão que a cor das folhas resulta de uma mistura de diferentes pigmentos.
Na BE, a Ciência anda de mãos dadas com a Literatura, por isso apraz-nos esta parceria estabelecida com o Departamento de Ciências Exatas no âmbito deste projeto de divulgação da ciência.
Enquanto esperávamos, numa das fases da experiência, adivinhámos algumas palavras que faltavam em dois poemas sobre … folhas de árvores e outono, e depois lêmo-los sem palavras faltosas. Foram eles:
Folhas de Maria Cândida Mendonça (do livro Verso Aqui, verso acolá)
Hoje sou um rei
e sabem porquê?
Vinha da escola
e encontrei
um tapete gigante
para eu caminhar
um tapete de folhas
para eu pisar
e que estava ali
para me aclamar.
(…)
Folhagens de Jorge Sousa Braga (do livro Herbário)
Há árvores de folhas persistentes
e outras cujas folhas são caducas.
Mas o que me faz confusão
e que andem nuas no inverno
e vistam um sobretudo de folhas
no verão.
Tínhamos pensado ler ainda a história “A folha e o pirilampo” de Maria Alberta Menéres, do livro Histórias de tempo vai tempo vem (um dos nossos livros preferidos) mas a turma sabia-a por assim dizer de cor! Por isso relemos um livrinho que tínhamos mesmo à mão, uma das nossas histórias favoritas da estação, A Magia da Estrela do Outono.
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Achamos oportuno lembrar que hoje se comemora o Dia Nacional da Cultura Científica e que esta data (24 de novembro) foi escolhida por ser o dia do nascimento de Rómulo de Carvalho, professor de Física e Química responsável pela promoção do ensino da ciência e da cultura científica, e que, para além de cientista foi poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão.