A (re)ler: a entrevista de Anne Rapin a Daniel Pennac (em 2000), publicada no blogue Revisitar a Educação (e de que o Rerum Natura publicou ontem um extracto).
Destaques (sugeridos por colega bibliotecário > ):
«[..]Regra número um: não envergonhar os iletrados. [..]
A leitura, além disso, é para elas algumas vezes ameaçada pela maneira como a escola a apresenta, que é puramente “médico-legal” e que funciona muito bem com “os que sabem ler”, mas não com as crianças em dificuldade escolar. […]
Nós, professores, temos tendência, para nosso próprio conforto metodológico e para atingir os objectivos “rentáveis” que nos são determinados, a comportar-nos como usurários: é preciso que haja rendimento, e o mais rápido possível! Eu ensino-lhe uma lição hoje à tarde e você tem de a recitar amanhã. Isto, evidentemente, é necessário para criar nas crianças o hábito da regularidade no trabalho, mas é perfeitamente insuficiente para me dar a garantia de que essa lição será assimilada e que restará alguma coisa dela em dez anos. Da mesma forma, para fabricar verdadeiros leitores é preciso de vez em quando recorrer à informalidade. [..]»
Entrevista orginal:”Le pouvoir des livres, entretien avec Daniel Pennac.”