BiblioBeiriz

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Posts Tagged ‘in memoriam’

A Biblioteca – Citação – Umberto Eco

Posted by MDLR em Fevereiro 20, 2016

eco_biblioteca_capa A Biblioteca

«… Um dos mal-entendidos que dominam a noção de biblioteca é o facto de se pensar que se vai à biblioteca pedir um livro cujo título se conhece. Na verdade acontece muitas vezes ir-se à biblioteca porque se quer um livro cujo título se conhece, mas a principal função da biblioteca, pelo menos a função da biblioteca da minha casa ou da de qualquer amigo que possamos ir visitar, é de descobrir livros de cuja existência não se suspeitava e que, todavia, se revelam extremamente importantes para nós.
… A função ideal de uma biblioteca é de ser um pouco como a loja de um alfarrabista, algo onde se podem fazer verdadeiros achados e esta função só pode ser permitida por meio do livre acesso aos corredores das estantes.
… Se a biblioteca é, como pretende Borges, um modelo do Universo, tentemos transformá-la num universo à medida do homem e, volto a recordar, à medida do homem quer também dizer alegre, com a possibilidade de se tomar um café, com a possibilidade de dois estudantes numa tarde se sentarem numa maple e, não digo de se entregarem a um amplexo indecente, mas de consumarem parte do seu flirt na biblioteca, enquanto retiram ou voltam a pôr nas estantes alguns livros de interesse científico, isto é, uma biblioteca onde apeteça ir e que se vá transformando gradualmente numa grande máquina de tempos livres…». Transcrito daqui   
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Excertos de um texto  de Umberto Eco, passagem de uma intervenção proferida em março de 1981, no âmbito da comemoração dos vinte cinco anos da Biblioteca Municipal de Milão, cidade onde vivia e onde veio a falecer.

Umberto Eco nasceu na região de Piemonte em Itália, em 1932 e faleceu ontem. Bibliófilo, escritor, filósofo,  linguista, professor, semiólogo, foi uma das personalidades mais influentes no mundo académico contemporâneo.
Dois dos seus livros mais conhecidos são Come si fa una tesi di laurea  (1977) traduzido para Como se faz uma tese (Lisboa: Presença, 1980) e Il nome della rosa, em português O Nome da Rosa (Lisboa: Difel, 1983) – fonte
Na nossa biblioteca temos O Nome da Rosa,  na edição do Público (2002), 1º volume da Coleção Mil Folhas

ecobiblioteca

Umberto Eco na sua biblioteca particular

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Luísa Dacosta até sempre

Posted by MDLR em Fevereiro 17, 2015

Recordando momentos alegres passados na companhia desta querida escritora, há dois anos.
Luísa Dacosta faleceu no passado domingo, dia 16 de fevereiro, na véspera de completar 88 anos.
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ver tb. Luísa Dacosta no pinterest aqui e aqui.

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António Ramos Rosa (“Estou Vivo e Escrevo Sol” ~1997 TV)

Posted by MDLR em Setembro 24, 2013

Vê no Scoop.it – LIVROS e LEITURAS : Documentário vídeo sobre o grande poeta António Ramos Rosa que faleceu ontem.

António Ramos Rosa (Estou Vivo e Escrevo Sol (1997) (TV)  «A vida e obra de um dos mais importantes poetas portugueses da actualidade:  Com mais de quatro décadas de títulos publicados, António Ramos Rosa é certamente um dos mais importantes poetas portugueses da actualidade. O seu prestígio ultrapassa, aliás, as fronteiras portuguesas e, nos anos 80, foi reconhecido como “poeta europeu da década”. Mas, para lá de poeta, foi tradutor de poesia, ensaísta, amante de Lisboa, frequentador de cafés, cidadão: para lá da militância no MUD lhe ter valido a prisão, recusou, durante a ditadura, o primeiro prémio atribuído à sua poesia. Hoje, na casa dos 70 anos, eternamente achacado, continua a produzir, agora em casa num horário disciplinado das 8 ao meio-dia. »

BiblioBeiriz‘s insight: António Ramos Rosa nasceu em Faro em 1924 e morreu em Lisboa, ontem.  Para leres on line  algumas das poesias deste grande poeta consulta este blogue (anónimo)  http://antonioramosrosa.blogspot.pt/

See on www.youtube.com

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Canção dedicada a um Amigo

Posted by MDLR em Outubro 21, 2012

Quand il est mort, le poète, 

Quand il est mort, le poète,
Tous ses amis,
Tous ses amis,
Tous ses amis pleuraient.

Quand il est mort le poète,
Quand il est mort le poète,
Le monde entier,
Le monde entier,
Le monde entier pleurait.

On enterra son étoile,
On enterra son étoile,
Dans un grand champ,
Dans un grand champ,
Dans un grand champ de blé.

Et c’est pour ça que l’on trouve,
Et c’est pour ça que l’on trouve,
Dans ce grand champ,
Dans ce grand champ,
Dans ce grand champ, des bleuets.

La, la, la…

Esta canção de Gilbert Bécaud (1927-2001) foi criada em homenagem a Jean Cocteau (1889-1963), artista fancês que sobre os gatos escreveu: «Se prefiro os gatos aos cães é porque não há gatos polícia.»  e «Pouco a pouco, os gatos tornam-se a alma da casa.»
Manuel António Pina (1943-2012) decerto concorda (ria)

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Imagem: reprodução de detalhe de uma  parede da Capela de Saint-Blaise des Simples, decorada por Jean Cocteau em 1958.
Fonte 

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Maria Keil- In memoriam

Posted by MDLR em Junho 10, 2012

MK faleceu hoje

«(…) Maria fica sempre fora de todos os discursos.
Há algo de imponderável, de não tocável ou que possa ser descrito na pessoa física, na personalidade tão rara de Maria Keil.
E, contudo, como os seus pés frágeis estão bem assentes na terra, como o seu espírito crítico tão agudo, enriquecido pela lâmina fina do humor, olha o Mundo – Mundo mais belo e justo se fosse cumprido o seu sonho.
Maria (que tesouro tê-la como amiga há tantos anos!) nunca envelheceu. É aquela Menina sempre criança, que tem a sabedoria de muitos anos e a humildade digna de um ser humano que recusa ser importante, consciente do Bem e do Belo que lhe são intrínsecos.
Por vezes, penso na Maria e tenho, junto de mim, uma ave, leve, de asas luminosas que, naquele instante, está emigrada para muito longe. Só.
E na solidão procurada, chora.
Depois, volta e sorri. Ri. Dá aquelas gargalhadas fininhas, como só Maria sabe dar. (…)
Maria, obrigada de todo o coração.
Encontrar seu voo em livros meus foi, para mim, um raro presente da vida que a sua generosidade nunca me recusou. (…)»  Matilde Rosa Araújo, aqui

Fonte da imagem -ilustração de Maria Keil para O Cantar da Tila de Matilde Rosa Araújo (1967)

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Na nossa BE temos os seguintes livros com a marca de Maria Keil
(ordenação cronológica por data de edição, via BN):

  • Os presentes / Maria Keil. Lisboa : Livros Horizonte, 1979.  Ler livro no Cata Livros
  • Lote 12, 2o frente / Alice Vieira ; il. Maria Keil. 2a ed. Lisboa : Caminho, 1983.
  • O gato dourado / Matilde Rosa Araújo ; il. Maria Keil. Lisboa : Horizonte, 1985.
  • O palhaço verde : novela infantil / Matilde Rosa Araújo ; il. Maria Keil. 5a ed. Lisboa : Livros Horizonte, 1995.
  • O livro de Marianinha : lengalengas e toadilhas em prosa rimada / Aquilino Ribeiro ; il. Maria Keil. 2a ed. Venda Nova : Bertrand, 1993.
  • A abelha Zulmira / Teresa Balté ; il. Maria Keil. 3a ed. Porto : Asa, 1998
  • As cançõezinhas da Tila / textos Matilde Rosa Araújo ; il. Maria Keil ; partituras Fernando Lopes Graça. 1a ed. Porto : Civilização, 1998.
  • Segredos e brinquedos / Matilde Rosa Araújo ; il. Maria Keil. Lisboa : Caminho, 2000.

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Maria Keil diz que… from Cata Livros on Vimeo.

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Canção de embalar

Posted by bibliobeiriz em Julho 6, 2010

para MATILDE ROSA ARAÚJO  (1921- 2010)

Dorme em meus braços sonhando
O filho que nunca tive
Ele acorda perguntando
– Minha mãe onde é que vive?

Dorme em meus braços sonhando
Menino do meu bem-querer:
Não te sei dizer quando
Um dia eu vou responder.

 in Segredos e Brinquedos

Entradas anteriores sobre esta autora

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